Pular para o conteúdo

Se existisse lista, quais seriam as “7 maravilhas do universo” no céu noturno?

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo foi a primeira lista conhecida de grandes obras da humanidade, baseada nos guias de viajantes gregos que listaram os melhores lugares para visitar no Mediterrâneo e Mesopotâmia. E as maravilhas naturais? Pensando na astronomia e no fascinante céu noturno, o site Space.com listou as 7 Maravilhas do Universo visíveis a nós, humanos, de planetas e satélites a galáxias e aglomerados estelares. Confira logo abaixo!

  • Como foram construídas as Sete Maravilhas do Mundo Antigo?
  • Apenas uma das sete maravilhas do mundo antigo nunca foi localizada; saiba qual

1. O Lado Visível da lua

A Lua é provavelmente o primeiro corpo celeste que todo humano conhece após a própria Terra. Figurando no céu noturno e encantando observadores mesmo a olho nu, nosso satélite natural pode revelar muitas belezas se visto por telescópios e até binóculos. Com binóculos simples, é possível ver 605 das características geográficas nomeadas da Lua — no Atlas Fotográfico Lunar, há 670 —, mesmo que apenas em forma de pequenos brilhos.

Nosso satélite natural é objeto de fascínio por muitos astrônomos e entusiastas da arte de contemplar o céu (Imagem: Mike Petrucci/Unsplash)
Nosso satélite natural é objeto de fascínio por muitos astrônomos e entusiastas da arte de contemplar o céu (Imagem: Mike Petrucci/Unsplash)

Os melhores momentos para observar a Lua ficam entre o primeiro e último quarto de cada fase, quando a parte que separa a luz e a escuridão do disco lunar acentua a sombra das crateras e montanhas, criando um relevo belo e estendendo o brilho refletido do Sol.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

2. Os Anéis de Saturno

Saturno é visível a olho nu no céu noturno, mas aparece apenas como uma estrela branco-amarelada. Com um telescópio, no entanto, é possível conferir seus magníficos anéis, feitos de bilhões de partículas — em sua maioria, gelo —, desde microscópicas a montanhas de quilômetros de largura. Levando 29,5 anos para orbitar o Sol, o planeta era o mais distante conhecido aos antigos, que conferiram o nome do deus romano mais poderoso a ele.

Foto do Telescópio Espacial James Webb onde os anéis de Saturo brilham na escuridão do universo (Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/AURA)
Foto do Telescópio Espacial James Webb onde os anéis de Saturo brilham na escuridão do universo (Imagem: NASA/ESA/CSA/STScI/AURA)

Os anéis de Saturno estão virados lateralmente para a Terra, mas, nos anos seguintes, ficarão em um ângulo aberto e, em maio de 2032, chegarão ao ângulo máximo de visibilidade a partir daqui (26,90º). Isso só acontece a cada 15 anos, aproximadamente.

3. A Constelação de Órion

A Constelação de Órion também é chamada de O Grande Caçador ou Guerreiro Celestial, já que os antigos viam um grande homem com uma clava, prestes a enfrentar o Touro da constelação vizinha. Ela ostenta duas estrelas especiais, Rigel e Betelgeuse. A primeira está no ápice de sua vida celeste, a 870 anos-luz, com cerca de 47.000 vezes o brilho do nosso Sol.

A Constelação de Órion inclui o famoso cinturão, com as Três Marias, e grandes estrelas como Rigel e Betelgeuse (Imagem: Michele Guzzini)
A Constelação de Órion inclui o famoso cinturão, com as Três Marias, e grandes estrelas como Rigel e Betelgeuse (Imagem: Michele Guzzini)

Betelgeuse, mais avermelhada, está a 550 anos-luz e é um pulsar enorme, no final da vida, expandindo seu diâmetro até 1.000 vezes o diâmetro do nosso Sol, se contraindo repetidamente em seguida. A Nebulosa de Órion, cheia de gás formador de estrelas a 1.350 anos-luz daqui e 25 anos-luz de largura (20.000 vezes o diâmetro do Sistema Solar), brilha ofuscantemente ao redor da Constelação.

4. A Via Láctea

Só visível longe das cidades, onde não há interferência da luz, a Via Lácteteve seu nome conferido pelos romanos, em latim, mas a ideia veio dos gregos: gala, na língua antiga, significa leite, e kyklos, círculo — o que gerou a palavra galáxia. No Hemisfério Norte, a parte mais brilhante desse trecho estelar é a Constelação de Sagitário, na direção do centro da galáxia.

A Via Láctea é o nosso lar cósmico, e podemos ver porções importantes de suas estrelas, como o centro galático e seus subúrbios (Imagem: Domínio Público)
A Via Láctea é o nosso lar cósmico, e podemos ver porções importantes de suas estrelas, como o centro galático e seus subúrbios (Imagem: Domínio Público)

Durante o inverno, o céu mostra o subúrbio do nosso aglomerado de estrelas, a 20.000 anos-luz em direção oposta a Sagitário. O centro do nosso belo lar cósmico fica a cerca de 30.000 anos-luz na direção de Sagitário.

5. O Aglomerado de Hércules

Quando há uma noite sem lua, podemos encontrar a Constelação de Hércules, entre as estrelas Arcturus e Vega. O nome deriva do fato de que, para algumas pessoas, ela lembra a letra “H”. Com tantas estrelas, numa noite escura, o aglomerado parece um trecho iluminado borrado, cujo nome completo é Grande Aglomerado Globular de Hércules (ou Messier 13).

O Aglomerado Globular de Hércules impressiona pelo formato tomado no céu noturno e o grande brilho de suas estrelas (Imagem: Martin Dufour)
O Aglomerado Globular de Hércules impressiona pelo formato tomado no céu noturno e o grande brilho de suas estrelas (Imagem: Martin Dufour)

O nome deriva do formato esférico simétrico do aglomerado, que, curiosamente, só ocupa metade do céu noturno. Há centenas de milhares de estrelas nele, todas mais brilhantes do que o nosso Sol.

6. A Nebulosa do Caranguejo

A história dessa Nebulosa é um espetáculo à parte. Em 4 de julho de 1054 d.C., uma supernova enorme, derivada da morte de uma estrela 10 vezes mais massiva que o nosso Sol, explodiu no céu noturno, ficando cerca de 5 bilhões de vezes mais luminosa do que a estrela central do Sistema Solar. Chineses, japoneses e nativo-americanos do sudoeste da América do Norte notaram esse brilho, com cerca de ⅔ do tamanho de uma Lua cheia.

O fenômeno ficou facilmente visível por 23 dias mesmo durante a luz diurna, sumindo por completo após 642 dias. A nuvem de gás que restou do evento é a Nebulosa do Caranguejo, que ainda se expande a 1.500 km por segundo. Charles Messier, quando fez seu catálogo de objetos celestes para que ninguém confundisse os brilhos no céu com cometas, incluiu essa nebulosa em primeiro lugar, e, portanto, dando-lhe o nome de Messier 1.

A Nebulosa do Caranguejo nasceu a partir de uma estrela supermassiva, gerando um pulsar e um belo espetáculo de gás e luz no céu noturno (Imagem: NASA/ESA/Hubble/J. Hester/A. Loll)
A Nebulosa do Caranguejo nasceu a partir de uma estrela supermassiva, gerando um pulsar e um belo espetáculo de gás e luz no céu noturno (Imagem: NASA/ESA/Hubble/J. Hester/A. Loll)

Em 1968, descobriu-se que o centro da estrela morta é um pulsar, uma estrela de nêutrons que rotaciona rapidamente, 30,2 vezes por segundo. Por isso, a partir da Terra, parece “pulsar”, já que emite energia em quase todas as frequências do espectro eletromagnético.

7. A Galáxia de Andrômeda

O astrônomo persa Al-Sufi descreveu, em 964 d.C., uma pequena nuvem em meio às estrelas da Constelação de Andrômeda. Em um céu limpo e sem luz, é possível ver um trecho iluminado do céu da largura da Lua cheia, representando o centro da galáxia de Andrômeda — o aspecto borrado levou os astrônomos acreditarem, por muito tempo, que era uma nebulosa.

A Galáxia de Andrômeda é visível no céu noturno e conhecida há mais de mil anos, mesmo estando extremamente distante da Terra (Imagem: NASA, Subaru, R. Gendler & R. Croman)
A Galáxia de Andrômeda é visível no céu noturno e conhecida há mais de mil anos, mesmo estando extremamente distante da Terra (Imagem: NASA, Subaru, R. Gendler & R. Croman)

A luz de Andrômeda viajou por 2.500.000 anos até chegar à Terra, vindo a 1080 milhões de km/h. Quando ela saiu da galáxia, há 2 milênios e meio, os seres humanos mal estavam desenvolvendo consciência, e conviviam com mastodontes e tigres-dentes-de-sabre. São mais de um trilhão de estrelas, cuja união também é conhecida como Messier 31. Com binóculos ou um telescópio pequeno, é possível ver suas constelações-satélite, M32 e M110.

Veja mais:

  • NASA divulga novas imagens da Nebulosa do Caranguejo feitas pelo James Webb
  • Galáxia de Andrômeda: o que sabemos sobre a vizinha gigante da Via Láctea
  • NASA levou mais de 10 anos para criar imagem colossal de Andrômeda; veja

VÍDEO | FOTOS DA GALAXIA DIRETAMENTE DO ESPAÇO | Curiosidades | #shorts

 

Leia a matéria no Canaltech.

Fique por dentro das novidades!

A Shop Eletron é sua parceira em ferramentas e equipamentos de qualidade, oferecendo produtos resistentes e soluções práticas.

© 2025 Shop Eletron | Todos os direitos reservados