Usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA um grupo de astrônomos observou algo impressionante no universo, uma estrela jovem, chamada TW Hydrae, formando seus planetas num jogo de sombras.
Em 2017, pesquisadores descobriram uma sombra sobre um disco de gás e poeira de uma estrela anã vermelha. Geralmente isso significa a presença de exoplanetas, mas não é esse o caso da TW Hydrae, pelo menos não ainda.
A sombra, na verdade, era um disco interno levemente inclinado em relação a um disco externo muito maior, o que significa que um planeta bebê está puxando gás e poeira para sua órbita inclinada para crescer.
Agora, numa pesquisa recentemente publicada na revista The Astrophysical Journal uma nova sombra foi descoberta, brincando de esconde esconde com a primeira, o que pode significar que existe um outro disco interno formando mais um planeta.
A TW Hydrae é relativamente nova, possui apenas 10 milhões de anos e está localizada a 200 anos-luz de distância da Terra. Ela está praticamente perpendicular com a Terra, o que fornece um bom campo de visão da sua fábrica de planetas.

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Explicando as sombras
As sombras não foram justificadas logo quando descobertas, e deu um pouco de trabalho para os pesquisadores para entender o que as formavam.
Descobrimos que a sombra fez algo completamente diferente. Quando olhei os dados pela primeira vez, pensei que algo havia dado errado com a observação porque não era o que eu esperava. Fiquei confuso no começo e todos os meus colaboradores perguntaram: o que está acontecendo? Nós realmente tivemos que coçar nossas cabeças e demoramos um pouco para realmente descobrir uma explicação.
John Debes, principal autor do estudo em resposta a Phys
A melhor hipótese levantada, era de que as sombras eram causadas por dois discos formando planetas em órbitas bastante semelhantes, sugerindo que desde a primeira descoberta, a segunda já estava lá, escondida sob as sombras.
Os prováveis planetas estão se formando a uma distância da TW Hydrae semelhante a Júpiter e o Sol e completam uma rotação a cada 15 anos. Além disso, a inclinação dos dois discos é parecida com as órbitas do nosso próprio sistema solar.
E não para por aí, no disco externo, uma lacuna localizada a duas vezes a distância de Plutão do Sol, pode indicar que talvez um terceiro planeta exista ali. Apesar das observações em luz visível feitas pelo o Hubble, o James Webb e sua visão infravermelha podem fornecer ainda mais detalhes sobre as sombras.
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