Pular para o conteúdo

Cientistas inventaram a 1ª língua artificial do mundo — sim, você não leu errado

No último dia 15, um estudo publicado na revista PNAS apresentou ao mundo a primeira língua artificial capaz de sentir e processar sabores de forma totalmente imersa em líquidos. O protótipo foi construído com membranas de óxido de grafeno (lâminas ultrafinas de carbono que atuam como filtros moleculares) que permitem a passagem de íons, retardando seu movimento em até 500 vezes. Esse atraso é essencial para que o sistema “lembre” e reconheça padrões de sabor, com memórias que duram cerca de 140 segundos.

  • Cientistas criam língua eletrônica que “sente” sabores usando IA
  • O que é anquiloglossia, a popular língua presa?

Assim como nossas papilas gustativas, a língua artificial identifica quatro gostos básicos: doce, azedo, salgado e amargo, atingindo de 72,5% a 87,5% de precisão. Para bebidas mais complexas, como café e refrigerantes, a taxa chegou a impressionantes 96%.

Diferente de sistemas anteriores, que dependiam de computadores externos para processar dados, a tecnologia consegue realizar parte da análise dentro do próprio ambiente líquido. Isso aumenta a precisão, já que os sabores são processados em seu estado iônico natural. Além disso, o dispositivo aprende com o uso, tornando-se cada vez mais eficaz na diferenciação de sabores semelhantes.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

Língua artificial

Cientistas inventaram a 1ª língua artificial do mundo (Imagem: Freepik)

As aplicações potenciais são vastas. Na área médica, poderia ajudar na detecção precoce de doenças por meio da análise química de fluidos corporais, além de auxiliar pacientes que perderam o paladar devido a distúrbios neurológicos ou acidentes vasculares. Na indústria alimentícia, pode revolucionar o controle de qualidade, garantindo mais segurança em bebidas e alimentos. Também há perspectivas de uso no monitoramento ambiental, detectando alterações no sabor da água que indiquem contaminação.

Apesar dos avanços, ainda existem desafios. O equipamento atual é volumoso, com consumo de energia acima do ideal, e precisa de maior sensibilidade. Contudo, os pesquisadores estão otimistas: melhorias na produção, integração com hardware neuromórfico e redução do tamanho podem tornar a língua artificial uma ferramenta prática e transformadora dentro da próxima década.

Leia também:

  • Novo mecanismo que ativa o gosto amargo é descoberto por cientistas
  • Detesta algum sabor específico? A culpa pode ser dos seus genes

VÍDEO | COLHER QUE REALÇA O SAL

 

Leia a matéria no Canaltech.

Fique por dentro das novidades!

A Shop Eletron é sua parceira em ferramentas e equipamentos de qualidade, oferecendo produtos resistentes e soluções práticas.

© 2025 Shop Eletron | Todos os direitos reservados