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Cientistas escaneiam famosa cratera Earthrise para encontrar vida extraterrestre

Astrônomos escanearam novamente a famosa cratera lunar “Anders’ Earthrise”  (Nascer da Terra de Anders, em tradução livre). Desta vez, o registro dessa região da superfície lunar pode auxiliar na busca por vida extraterrestre.

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A cratera ficou amplamente conhecida em 1968, quando o astronauta americano William Anders — que viajou à Lua a bordo da missão Apollo 8 — tirou uma icônica foto que mostra o satélite natural com a Terra emergindo ao fundo. 

Agora, a responsável pela captura da Earthrise foi a sonda espacial Jupiter Icy Moons Explorer (JUICE). O veículo decolou rumo ao espaço em abril de 2023, tem previsão de chegar à órbita de Júpiter em 2031 e passou pela Lua em agosto de 2024.


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Cientes desse encontro da sonda com a Lua, os cientistas responsáveis pela missão testaram, sobre a superfície sólida lunar, os 10 instrumentos científicos da JUICE que serão usados para procurar vida extraterrestre nas luas de Júpiter.

Famosa cratera “Anders’ Earthrise” em foto tirada pelo astronauta William Anders (Reprodução/NASA)

Teste de radar de ondas de rádio

Entre os instrumentos da sonda, o mais importante foi o teste do Radar for Icy Moon Exploration (RIME), que mede a elevação de ambientes rochosos com base em ecos de ondas de rádio refletidas na região.

O RIME precisa do máximo silêncio possível para conseguir detectar pequenas variações nas ondas de rádio e otimizar as análises. Durante a passagem da JUICE pela Earthrise, os cientistas conseguiram desligar ou silenciar todos os outros instrumentos para que o radar fizesse um mapeamento de oito minutos.

O resultado foi um radiograma criado pelo RIME com base no mapeamento da elevação da Lua dentro e ao redor da famosa cratera. A partir desse registro, os pesquisadores conseguiram fazer a comparação com outra medição, realizada pelo Altímetro Laser Orbital Lunar da NASA (LOLA).

Cratera
Acima, medição feita pelo RIME na “Anders’ Earthrise” ; abaixo, mapeamento do LOLA (ESA/Montagem Canaltech)

“Esta foi a primeira oportunidade, durante a viagem do JUICE a Júpiter, para os cientistas do RIME verificarem como o ruído eletrônico afeta o desempenho do seu instrumento. Com base nos dados coletados, eles passaram muitos meses trabalhando em um algoritmo para corrigir o problema”, destacou a Agência Espacial Europeia (ESA) em comunicado.

De acordo com a ESA, o principal objetivo do RIME em Júpiter será observar abaixo das superfícies geladas das luas Europa, Ganimedes e Calisto, com o intuito de mapear camadas rochosas invisíveis.

“Embora nossa Lua não tenha superfície gelada, o mapeamento bem-sucedido dela pelo RIME demonstra que o instrumento de radar está à altura da tarefa”, complementou a agência espacial.

A próxima missão da sonda será um sobrevoo por Vênus, em uma manobra operacional que vai utilizar a gravidade do planeta para impulsionar o veículo na sua jornada até Júpiter. 

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