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Brasil busca eliminar isolante elétrico tóxico presente em todo o país

Uma substância tóxica, que ameaça tanto a saúde humana quanto o meio ambiente, segue presente silenciosamente em boa parte do Brasil — é a bifenila policlorada (PCB), ou ascarel, usada como isolante elétrico pela indústria há alguns anos. A substância é um líquido oleoso capaz de absorver calor e matar bactérias. Por isso, foi muito usada na fabricação de equipamentos como transmissores de energia.

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A ciência, no entanto, revelou que o uso de ascarel não é seguro para a saúde, levando à busca por eliminar o produto da indústria. Nesta quarta-feira (14), é marcado o Dia Nacional de Combate à Poluição, o que levou o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) a anunciar o investimento de R$ 30 milhões em apoio financeiro para a eliminação de PCB de equipamentos contaminados.

Eliminando o ascarel da indústria

O dinheiro do MMA irá para o financiar o serviço de empresas licenciadas para tratar e destinar adequadamente o ascarel, evitando intoxicações. Segundo a diretora de Qualidade Ambiental do MMA, Thaiane Resende, as bifenilas policloradas são produtos químicos muito tóxicos, recebendo a categoria de Poluente Orgânico Persistente (POP). A Convenção de Estocolmo de 2001 baniu mundialmente o uso da substância. Segundo Resende:


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“Elas [as bifenilas policloradas] representam uma ameaça ao meio ambiente e à saúde humana, podendo causar doenças como câncer, problemas neurológicos, distúrbios hormonais e má-formação fetal”.

O ascarel, também chamado de PCB, é um isolante elétrico presente na indústria que deve ser eliminado até 2028 (Imagem: Rovena Rosa/Agência Gov)
O ascarel, também chamado de PCB, é um isolante elétrico presente na indústria que deve ser eliminado até 2028 (Imagem: Rovena Rosa/Agência Gov)

O Brasil também possui legislação que estabelece prazos e obrigações para a eliminação de PCB da indústria e do meio ambiente. Segundo Resende, a maior dificuldade em relação ao problema é a destinação dos equipamentos contaminados, que podem, ainda, estar presentes em empresas e instituições do setor elétrico, indústria, comércio e até mesmo repartições públicas.

Ainda há, segundo o relatório de detentores do Inventário Nacional de PCB, 500 mil toneladas de material contaminado — o dado é de julho de 2025. Isso foi levantado durante a fase de identificação da contaminação por ascarel, o que, pela Convenção de Estocolmo, deveria ser finalizado em novembro de 2024. O prazo para eliminar a substância adequadamente é 2028.

O projeto PCB Responsável, do MMA, disponibiliza online as informações necessárias para o procedimento após identificação da substância. Empresas e instituições que identifiquem o ascarel em equipamentos devem contatar diretamente as empresas destinadoras de PCB licenciadas, preparando a documentação necessária. Serão pagos de R$ 1,2 mil a R$ 3,2 mil por tonelada de material contaminado conforme a região de tratamento e coleta dos equipamentos.

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