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Review Jaecoo 7: SUV chinês dá show em tecnologia e eficiência

O Jaecoo 7, SUV híbrido da marca que faz parte da Omoda & Jaecoo, joint-venture pertencente ao Grupo Chery, chegou há pouco tempo no Brasil. Mesmo assim, já começou a conquistar seu espaço em um segmento cada vez mais disputado.

Embora seja menos badalado que seus principais rivais, BYD Song Plus, GWM Haval H6 e Toyota Corolla Cross, o Jaecoo 7 mostrou durante o período de testes com o CT Auto que tem credenciais para incomodar o trio.

O conjunto mecânico, que conta com a tecnologia SHS (Super Hybrid System), é um verdadeiro show em eficiência, mas não brilha sozinho. O pacote de tecnologias é bastante recheado e, embora alguns recursos sejam um pouco “estranhos”, entrega tudo o que o cliente desse nicho procura.


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Confira a seguir nossas impressões em um review completo sobre o Jaecoo 7, SUV médio chinês que chegou para bagunçar o segmento e marcar seu nome no mercado brasileiro.

Jaecoo 7 é um super híbrido que roda mais de 1.200 quilômetros por ciclo de carga (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

Prós

  • Design
  • Pacote tecnológico
  • Eficiência energética
  • Conforto
  • Acabamento interno
  • Preço

Contras

  • Alguns recursos são meio “confusos”
  • Direção e suspensão muito “moles”

Conectividade, tecnologia e segurança

O Jaecoo 7 é extremamente tecnológico, executa diversas funções via comando de voz, mas, em alguns momentos, o SUV chinês pareceu passar um pouco do ponto. A impressão é que o dito popular “menos é mais” poderia ter sido aplicado em alguns dos recursos oferecidos pelo modelo.

Embora a conectividade dispense o uso de cabos para utilizar Android Auto e Apple CarPlay, é praticamente impossível desconectar o smartphone do Jaecoo 7 quando você simplesmente não quiser utilizar esses recursos, já que ele pareia sozinho automaticamente, mesmo quando você desabilita o Bluetooth.

Um ponto bastante positivo diz respeito à segurança e é curioso. O sistema do carro “não deixa” você começar a rodar até que o cinto de segurança esteja devidamente afivelado. Mesmo com a alavanca de câmbio no “D”, o freio de estacionamento não libera sua partida até que o cinto seja colocado.

Central multimídia na vertical tem boa definição (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

O pacote de tecnologias do Jaecoo 7 entrega ainda bons itens de auxílio à condução, como piloto automático adaptativo, sistema de centralização em faixa, alerta de tráfego cruzado traseiro e frenagem autônoma de emergência — muito bem calibrada, ao contrário do que já testemunhamos em modelos de outras marcas.

A central multimídia de 14,8” é posicionada na vertical e tem ótima definição, assim como o painel de instrumentos, que é menor e posicionado na horizontal, como se tivesse sido “colado” no dashboard. O visual é similar ao adotado por muitas marcas chinesas, mas ainda causa certa estranheza.

Painel de instrumentos é configurável, mas não é fácil achar o comando certo para alterar o display (Imagens: Paulo Amaral/Canaltech)

A navegação da central é bastante intuitiva, mas não se pode dizer o mesmo do painel de instrumentos. Até descobrirmos que é preciso pressionar a “bolinha” que está no comando esquerdo do volante para alterar as informações mostradas foram perdidos preciosos segundos e, também, um pouquinho da paciência. No fim, deu tudo certo.

O sistema de som do Jaecoo 7 não é chinês, e sim de uma das mais conceituadas marcas japonesas do mundo: a Sony. A escolha se mostrou acertada, pois a experiência proporcionada pelos dois pares de alto-falantes é totalmente imersiva e da mais alta qualidade.

Alto-falante da Sony foi escolha acertada da O&J para o Jaecoo 7 (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

 

Conforto e experiência de uso

Como antecipamos na introdução desse review, o conjunto mecânico do Jaecoo 7 é a grande sacada da marca para ganhar a disputa contra os rivais chineses e, também, deixar o japonês Corolla Cross para trás. Ele é formado por um motor 1.5 turbo, de 135 cv de potência e 20,4 kgf/m de torque, que trabalha em companhia de um propulsor elétrico, de 204 cv e 31,7 kgf/m.

Juntos, os motores entregam ao motorista 339 cv de potência e 52 kgf/m de torque, números suficientemente bons para dar conta de empurrar sem dificuldades o SUV que ostenta 1.795 quilos e mede 4,50 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,67 m de altura e 2.67 m de entre-eixos. A potência, porém, não seria nada sem a eficiência. E isso o Jaecoo 7 tem de sobra.

O motor térmico presente no sistema super-híbrido tem 92% de eficiência, número extraordinário no comparativo com as demais marcas. Ao trabalhar em conjunto com o propulsor elétrico, que é priorizado sempre que possível, o sistema dá ao SUV chinês uma autonomia “quase infinita” já que, segundo a marca, chega a absurdos 98,5% de eficiência elétrica.

Motor 1.5 turbo do Jaecoo 7 tem 92% de eficiência térmica (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

Segundo a marca, o Jaecoo 7 pode rodar mais de 1.200 quilômetros por ciclo. Isso, claro, é possível em condições ideais, evitando ultrapassar 90 km/h em rodovias e, também, economizando nas aceleradas mais fortes ao sair com o carro após parar em semáforos ou cruzamentos, por exemplo.

Os testes realizados sob a tutela do CT Auto ignoraram tais recomendações, já que o uso “normal” de um carro é o modo mais comum entre os motoristas. E, mesmo assim, a eficiência do SUV super-híbrido surpreendeu. Rodamos pouco mais de 500 quilômetros, alternando rodovias e perímetros urbanos, e devolvemos o carro com mais da metade do tanque de combustível (que é de 60 litros). A média de consumo ficou entre 19,5 e 20 km/l

O segredo para números tão expressivos é fácil de ser entendido: o Jaecoo 7 usa o motor térmico para recarregar as baterias constantemente. Por isso, o nível de carga dificilmente fica abaixo de 30%, especialmente em ciclo urbano. Assim, a economia não fica só no discurso, e é vista na prática. Ah… vale pontuar que a autonomia exclusivamente elétrica do SUV é de 79 km por carga, graças à bateria de 18,7 kWh.

Auxílio do motor elétrico dá autonomia “quase infinita” ao Jaecoo 7 (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

Como anda o Jaecoo 7?

E a dirigibilidade, como é? Embora tenha no conjunto mecânico e na eficiência energética seus pontos fortes, o Jaecoo 7 poderia melhorar um pouquinho no que tange à dirigibilidade. E os acertos não seriam tão drásticos assim.

Como boa parte dos SUVs produzidos na China, o Jaecoo 7 não parece ter sido calibrado para rodar no Brasil. Isso significa, na prática, que o volante e a direção são excessivamente moles, pontos que prejudicam um pouco a condução, especialmente em curvas fechadas ou, então, ao passar por buracos

Esse “detalhe” praticamente desaparece ao mudar o modo de condução de Comfort para Sport. Nessa configuração, os ajustes parecem mais prontos para encarar as malfadadas ruas brasileiras e o conforto à bordo aumenta, já que o balançar da carroceria também diminui.

Jaecoo 7 é valente nas arrancadas e nas retomadas, mas suspensão e volante carecem de ajustes para o Brasil (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

Vale pontuar que o Jaecoo 7 tem acelerações vigorosas e excelentes retomadas, além de um bom nível de isolamento acústico na cabine, mesmo quando o motor 1.5 assume o lugar do propulsor elétrico.

Jaecoo 7 é confortável, mas há alguns “poréns”

Por falar em conforto, nesse ponto não há nada a reclamar. O Jaecoo 7 conta com materiais de primeiríssima qualidade na cabine, bancos confortáveis com comandos elétricos e muito espaço interno, além de um porta-malas generoso, de 500 litros, também com abertura elétrica.

Há, no entanto, alguns pontos que desabonaram um pouquinho a experiência e, por isso, se encaixam no que falamos mais cedo, sobre a Jaecoo precisar se lembrar de que, algumas vezes, “menos é mais”.

Espaço interno do Jaecoo 7 é excelente (Imagens: Paulo Amaral/Canaltech)

Isso fica claro já no momento de ligar e desligar o carro. O Jaecoo 7 não usa chave ou botão para dar a partida no motor. Isso é feito quando o motorista pisa no pedal de freio. Desligar o carro também não é nada intuitivo e, para fazê-lo, é preciso sair do SUV e travar as portas ou, então, descobrir o comando em meio a uma enorme lista de funções apresentada na tela da multimídia.

Abrir e fechar os vidros dianteiros ou traseiros também é algo curioso, já que o acionamento dos botões funciona ao contrário do que estamos acostumados. É preciso empurrar para que ele se abra e puxar para que a janela se feche. É mais fácil soltar um “olá, Jaecoo” e pedir, via comando de voz, que o carro faça isso sozinho.

O terceiro e último ponto que carece de melhorias diz respeito aos espelhos retrovisores. O ajuste dos laterais é feito somente após acessar a central multimídia e habilitar os botões presentes no volante multifuncional. O espelho central, por sua vez, tem lente côncava, o que acaba tornando bastante difícil a simples missão de checar a parte traseira do SUV.

Ajuste dos retrovisores requer acesso à multimídia e, depois, comandos no volante (Imagens: Paulo Amaral/Canaltech)

“Jaecoo 7 é bonito, confortável e tecnológico, mas tem alguns excessos que acabam atrapalhando a experiência.”

— Paulo Amaral

Design e acabamento

O Jaecoo 7 foge do visual tradicional adotado pelas marcas de SUVs, chinesas ou não. E isso é muito bom, pois o distingue dos principais concorrentes do mercado, hoje quase “padronizados” no design. Linhas retilíneas e formas quadradas dão um ar imponente ao modelo.

A grade frontal com filetes verticais chama a atenção por onde passa, assim como o conjunto óptico em LED. As rodas de 19 polegadas, com design inovador, também se destacam em meio à carroceria, enquanto as lanternas traseiras até lembram a de outros carros, como o Peugeot 2008 GT, mas com algumas ressalvas, já que o formato da tampa do porta-malas e a curvatura dos dois modelos não têm semelhanças.

Visual do Jaecoo 7 foge do “lugar comum” (Imagens: Paulo Amaral/Canaltech)

O acabamento interno é praticamente perfeito, o que torna difícil explicar o porquê, ao acelerar o Jaecoo 7 para sair da inércia, alguns barulhos vindos da parte traseira do carro, mais precisamente do porta-malas, mesmo vazio, rompem o silêncio da cabine. 

Um melhor acerto na montagem, especialmente nos elementos da parte traseira do carro, talvez seja suficiente para zerar esse pequeno incômodo, tornando o Jaecoo 7 ainda mais agradável a bordo.

Acabamento do Jaecoo 7 é excelente, mas barulho vindo do porta-malas incomodou um pouco (Imagens: Paulo Amaral/Canaltech)

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Concorrentes

O Jaecoo 7 custa mais caro que o Toyota Corolla Cross Hybrid, que hoje sai em torno de R$ 194 mil, mas oferece muito mais tecnologia e eficiência energética que o modelo da marca japonesa.

Em relação ao BYD Song Plus e ao GWM Haval H6, seus outros dois principais concorrentes, a briga em termos de preços é mais equilibrada, dependendo das versões colocadas na mesa.

O Song Plus custa em torno de R$ 244,8 mil, cerca de R$ 5 mil a menos que a Prestige, topo de linha da família Jaecoo 7. A variante Luxury, por sua vez, é mais barata, e sai por R$ 229,9 mil. O GWM Haval H6, em sua versão PHEV34, supera os 280 mil.

Jaecoo 7 está em uma faixa de preço convidativa perante os principais rivais (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

“Por tudo o que oferece em tecnologia, design e eficiência, o Jaecoo 7 tem potencial para tomar espaço dos principais rivais e subir no ranking.”

— Paulo Amaral

Jaecoo 7: vale a pena?

Diante do que o Jaecoo 7 oferece em tecnologias, design e, principalmente, eficiência energética, não há dúvidas de que a escolha pelo SUV da marca pertencente ao Grupo Chery é a mais sensata diante dos principais competidores do segmento.

A marca, porém, precisa se atentar aos “pormenores” que listamos durante os testes para o CT Auto, especialmente em relação a alguns pontos meio confusos presentes no pacote tecnológico e, principalmente, à calibração da direção e suspensão.

Ao acertar esses pequenos detalhes, o Jaecoo 7 se tornará, sem dúvida, um carro capaz de dar enormes dores de cabeça aos rivais chineses e até ao Corolla Cross, que também figura entre os mais vendidos mensalmente no ranking do setor.

Jaecoo 7 tem pontos a acertar, mas é ótima opção diante dos principais rivais (Imagem: Paulo Amaral/Canaltech)

*A unidade do Jaecoo 7 testada para esse review do CT Auto foi gentilmente emprestada ao Canaltech pela Omoda & Jaecoo.

Leia a matéria no Canaltech.

Quanto vale a pena pagar no Nintendo Switch na Black Friday 2025?

Se temos duas certezas nesta vida, são elas: o Jogo do Ano de 2018 é controverso e os consoles e jogos ficarão mais caros a cada dia que passa. Apesar da brincadeira sobre o embate entre God of War e Red Dead Redemption 2, a segunda afirmação é totalmente verdadeira: consoles estão virando artigos de luxo no Brasil

Todas as fabricantes de videogames, sem exceção, aumentaram os preços de seus produtos de alguma forma, seja Xbox, Nintendo ou PlayStation.

Uma das alternativas para fugir desses altos preços é investir em consoles um pouco mais antigos, mas que ainda têm muita lenha para queimar. Esse é o caso do Nintendo Switch, console lançado em 2017 que recebeu uma biblioteca de exclusivos assustadora nos últimos anos e ainda contará com grandes títulos, mesmo com seu sucessor já disponível no mercado.


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Apesar de muitas vezes subestimado, o Nintendo Switch tem jogos excepcionais — alguns que se consagraram como Jogo do Ano —, além de sua portabilidade, que permite levá-lo para qualquer lugar.

Mas, afinal, quanto vale a pena pagar por um Nintendo Switch na Black Friday? O mês de novembro é, definitivamente, a melhor oportunidade para adquirir esse e muitos outros produtos de games no precinho, esquivando-se dos altos valores cobrados pela indústria.

O que o Nintendo Switch oferece?

Não podemos começar a falar de consoles da Nintendo sem destacar seus jogos exclusivos. O Nintendo Switch foi a casa de muitos títulos first-party de sucesso que definiram todo um gênero, como The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Além dele, a plataforma também conta com o badalado Mario Kart 8 Deluxe, Super Mario Odyssey, Super Smash Bros…. enfim, a lista continua.

Além dos jogos da própria Nintendo, o console conta com um certo suporte a títulos de terceiros. Claro, não estamos falando de algo no nível de Xbox ou PlayStation aqui, mas é possível encontrar joias raras como DOOM Eternal e The Witcher III.

Nintendo promete que o primiero Switch irá continuar recebendo jogos (Divulgação/Nintendo)

A portabilidade do Nintendo Switch é um dos seus pontos mais fortes. Os dias estão cada vez mais curtos para o lazer, o que torna um console que também pode ser um portátil uma mão na roda para quem tem pouco tempo. Com o console da Big N é possível jogar no metrô, ônibus, filas, viagens, horário de almoço e até mesmo no banheiro, se preferir.

Como se trata de um híbrido, o Nintendo Switch pode ser conectado a TVs e monitores, ou usado no modo tabletop graças aos seus controles Joy-Cons destacáveis. Falando nesses controles, alguns jogos, como Mario Kart 8 Deluxe, permitem usar cada um dos dois Joy-Cons como um controle individual, viabilizando a jogatina cooperativa de sofá.

O Nintendo Switch também é um presente ideal para crianças, seja por seus jogos voltados para um público mais geral, pela facilidade de uso ou pelas configurações de controle parental. Além disso, com seu sucessor, o Nintendo Switch 2, a caminho, o primeiro híbrido da Big N também acaba sofrendo algumas quedas de preço, o que impacta tanto os consoles quanto as mídias físicas.

Resumindo, o Nintendo Switch é uma excelente pedida para quem gosta de jogar com a família e os amigos e para quem não tem tanto tempo livre para sentar em frente à TV e ligar um console tradicional de mesa. Os principais aspectos do híbrido são, portanto, sua portabilidade e sua generosa biblioteca de jogos exclusivos.

5 pontos de atenção antes de comprar

Como todo produto, o Nintendo Switch padrão tem seus pontos fortes e fracos, sendo alguns deles fatores importantes a se levar em consideração antes de comprar.

5. Jogos first-party caros

Apesar da chegada do Nintendo Switch 2 e de várias promoções, as mídias físicas de jogos first-party do primeiro Switch costumam ser caras e não recebem tantos descontos em relação à concorrência.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild definiu um gênero (Divulgação/Nintendo)

A situação é ainda pior com as mídias digitais, pois a Nintendo raramente coloca seus próprios jogos em promoção. Então, não se assuste se esbarrar em jogos de 2017 por R$ 300, apesar de haver exceções.

4. Joy-Con Drift

Se você optar por um Nintendo Switch padrão de modelos mais antigos (V1), saiba que há grandes chances de sofrer com um dos maiores problemas dos Joy-Cons da Nintendo: o drift.

A falha ocorre por um acúmulo de poeira ou sujeira na base do analógico com o uso. O famigerado drift causa problemas como analógicos que se movem sozinhos, por exemplo. Modelos mais recentes do Nintendo Switch, como a versão V2, são um pouco mais resistentes ao problema.

Vale lembrar que a Nintendo oferece suporte técnico gratuito para todos os jogadores que sofrerem com o drift no Joy-Con, algo que nem toda empresa pratica.

3. Jogos com qualidade gráfica e performance limitadas

Um dos maiores motivos para subestimarem o Nintendo Switch é, justamente, sua capacidade gráfica e de performance. De fato, consoles portáteis exigem mais investimento e hardware para rodar jogos com altas resoluções e de forma tão lisa quanto manteiga.

Pokémon Scarlet & Violet sofreu com problemas de otimização (Divulgação/The Pokémon Company)

Apesar de contar com bons exemplos, como o próprio The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o Nintendo Switch conta com jogos com péssimas otimizações dos estúdios, como da GameFreak e seus últimos lançamentos de Pokémon.

2. Pouco suporte de terceiros

Se você quer um console para jogar Assassin’s Creed, Red Dead Redemption 2, Call of Duty ou Battlefield, saiba que o Nintendo Switch não é para você. Por conta de seu hardware mais modesto e da falta de interesse das produtoras, o console conta com pouco suporte de grandes empresas terceiras do Ocidente.

Agora, para os fãs de jogos de RPG, principalmente os desenvolvidos no Japão, o Nintendo Switch é um prato cheio. O console híbrido conta com muitas franquias que acabaram ficando apenas no Switch graças à sua popularidade na terra do sol nascente.

1. Pouco armazenamento

Outro detalhe extremamente importante é que o Nintendo Switch tem um armazenamento ínfimo de apenas 32 GB, o que limita a quantidade de jogos baixados por vez. Esse espaço pode ser expandido com um cartão MicroSD, mas isso representa um custo a mais e, dependendo do tamanho, pode pesar no bolso.

Por quanto vale a pena comprar o Nintendo Switch na Black Friday?

Hoje, o Nintendo Switch com Mario Kart 8 Deluxe incluso chega ao mercado custando entre R$ 1.800 a R$ 2.000 em varejistas como Magalu, Mercado Livre ou KaBuM!. Este já é um preço bem abaixo do que víamos há alguns anos.

O Nintendo Switch tradicional foi lançado em 2017 (Divulgação/Nintendo)

Na Black Friday, a expectativa é que o Nintendo Switch com Mario Kart 8 Deluxe incluso chegue a uma faixa de R$ 1.600 a R$ 1.700  — um desconto de quase 17,5%, levando em consideração os preços mais baixos do console registrados em 2025. Para se ter uma ideia, esse é o preço padrão do Nintendo Switch Lite (a versão compacta e exclusivamente portátil da linha), fora de promoções.

O valor também é bem abaixo do preço do Nintendo Switch OLED fora de promoção, que chega a passar dos R$ 2 mil.

Já quando comparamos com outros portáteis mais recentes como o Steam Deck, ROG Ally e o primeiro Legion GO, os preços vão de R$ 3.600 e chegam até R$ 8 mil. Claro que a proposta desses consoles, que são mais PCs portáteis, é totalmente diferente de um Nintendo Switch. Mas se estamos falando de consoles para levar para qualquer lugar, não tem como não levar em consideração esses preços.

Vale lembrar que, se o objetivo for gastar o mínimo necessário em um Nintendo Switch, talvez valha a pena investir no modelo Lite, que é exclusivamente portátil, porém deve ficar ainda mais barato na Black Friday. O OLED também é uma opção não muito distante do Nintendo Switch tradicional e oferece mais recursos em um aparelho mais recente.

Nintendo Switch na Black Friday é um bom negócio?

Se você encontrar um Nintendo Switch original (com Mario Kart 8 Deluxe ou sem) por menos de R$ 1.700, saiba que este é um dos melhores negócios que poderá fazer pelo modelo.

Valores próximos a R$ 1.800 também não são ruins, seja na Black Friday ou fora dela, mas vale a pena ficar atento aos preços para fazer o menor investimento possível no console.

Confira os links abaixo ou siga o CT Ofertas para acompanhar a variação de preços até a Black Friday e comprar o Nintendo Switch no precinho:

Leia também no Canaltech:

Vídeo: Nintendo Switch 2 chegou! Mas e o primeiro? Ainda vale a pena?

 

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IA e Regulamentação: Fórum da ESET mostra tendências na cibergurança para 2026

No último Fórum Latinoamericano de Segurança da ESET, realizado no Uruguai, pesquisadores da empresa eslovaca de cibersegurança relataram as tendências para o campo, de ameaças a usos da tecnologia pelos usuários. O Canaltech esteve presente no evento e traz as impressões e insights dos especialistas LATAM.

De acordo com Martina López e Mario Micucci, pesquisadores do departamento argentino da ESET, tem sido percebido um uso massivo da inteligência artificial para os crimes virtuais, o que só deverá aumentar em 2026.

A tecnologia é empregada, principalmente, em esforços de phishing e spear-phishing, mas há mais aspectos envolvidos, que vamos destrinchar logo abaixo.


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Inteligência Artificial no cibercrime

Uma novidade crescente é o uso de Agentic AI (ou IA agêntica), as inteligências artificiais mais autônomas que possuem capacidade de estabelecer metas e agir com intervenção humana mínima: uma versão evoluída dos chatbots como o ChatGPT. Esses avanços ajudam na evasão dinâmica da detecção dos malwares.

O uso de inteligência artificial na criação de agentes maliciosos, como ransomware, já foi identificada por especialistas em cibersegurança (Imagem: Reprodução/ESET)
O uso de inteligência artificial na criação de agentes maliciosos, como ransomware, já foi identificada por especialistas em cibersegurança (Imagem: Reprodução/ESET)

Apesar de ajudar em diversos aspectos do desenvolvimento de softwares e avanço da cibersegurança, as próprias IAs possuem suas brechas, sendo vulneráveis, por exemplo, ao envenenamento de IA, iniciativa que alimenta o banco de dados da tecnologia com informações falsas ou compromete seu próprio aprendizado de máquina no desenvolvimento.

A dupla também destacou a evolução dos ransomwares, especialmente a popularização do oferecimento desses agentes maliciosos como serviço, (ransomware-as-a-service, RaaS). Em agosto deste ano, pesquisadores da ESET identificaram o primeiro ransomware feito com a ajuda de IA: apesar de ainda não estar em estado funcional, foi prova dos avanços do hackers no campo.

Notou-se o uso de modelos estatísticos para buscar as vítimas mais propícias para ataques por ransomwares como o LunaLock, que foi atualizado com a ferramenta recentemente: os cibercriminosos, nas iniciativas de ransomware, ameaçam liberar obras de artistas com direitos autorais no treinamento de ferramentas de IA.

As expectativas para o ano que vem são de que a IA permita facetas mais diversificadas de extorsão de usuários, e que a inteligência artificial integra aspectos do cibercrime que vão além do desenvolvimento de agentes maliciosos.

Regulamentação da IA

Com o avanço das tecnologias, também são aguardadas atualizações das regulamentações governamentais acerca de inteligência artificial e ferramentas afins.

Diella, Ministra das Contratações Públicas da Albânia, foi criada totalmente por inteligência artificial: é preciso estabelecer regulamentação sobre uso da tecnologia, apontam especialistas (Imagem: Reprodução/Instagram @diella4you)
Diella, Ministra das Contas Públicas da Albânia, foi criada totalmente por inteligência artificial: é preciso estabelecer regulamentação sobre uso da tecnologia, apontam especialistas (Imagem: Reprodução/Instagram @diella4you)

Com a dependência tecnológica das empresas e usuários, se faz importante estudar e regulamentar o uso de IA, especialmente seu uso para fazer deepfakes e outras imitações convincentes de figuras públicas e celebridades.

Já há alguns pioneiros na área, destacando-se o Ato de Inteligência Artificial da União Europeia, que exige transparência por parte de empresas e agências sobre o uso de IA em suas produções, bem como define obrigações adicionais sobre a utilização da tecnologia para biometria e manipulação emocional dos usuários.

A transição dessa etapa normativa deverá trazer um uso mais aprofundado da IA em setores públicos: um exemplo chave é uma ministra da Albânia, feita totalmente com inteligência artificial, tomando decisões que impactam diretamente a população do país do leste europeu.

Espera-se que as leis acerca de ferramentas generativas como essa exijam a identificação obrigatória, para fins de transparência governamental e tecnológica.

Para a área, ficam desafios como o desenvolvimento de auditorias eficazes na identificação e controle de IA, incluindo a exigência do uso de metadados verificáveis. No campo da cibersegurança, deverão aumentar os riscos envolvendo a integridade de dispositivos tecnológicos, segundo a conclusão dos especialistas da ESET.

Veja mais:

VÍDEO: Por que tudo agora tem inteligência artificial gratuita? É boa mesmo? E a paga?

 

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